O julgamento que ocorria no Plenário Virtual estava em 3 x 1 em favor da Fazenda e foi deslocado para o Plenário Físico, zerando a votação
O julgamento a respeito da redução das alíquotas do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Exportadoras (Reintegra) recomeçará do zero. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) chegaram a expor os votos no Plenário Virtual, porém após o pedido de destaque do ministro Luiz Fux, o caso foi deslocado para o Plenário Físico. Com essa alteração, a votação que estava em 3 x 1 em desfavor do contribuinte, volta à estaca zero.
Em resumo os contribuintes tentam reverter a redução do percentual de aproveitamento de créditos do Reintegra. O Agravo em Recurso Extraordinário (ARE) n.º 1.285.177/ES teve a repercussão geral reconhecida (Tema n.º 1.108/STF) e, assim, o acórdão terá validade para todos os exportadores que se amoldem ao caso.
A argumentação dos exportadores é de que houve majoração indireta de tributo e, desta forma, deveria ter sido observada a anterioridade geral (anual ou de exercício), bem como de que há relação direta com o recolhimento da COFINS e do PIS. O caso será julgado em conjunto com as ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) 6040 e 6055.
Em resumo, o conjunto normativo compreendido pelo art. 22, caput e parágrafos, da Lei nº 13.043/14, e art. 2º, §§7º e 8º do Decreto nº 8.415/15, com as alterações promovidas pelos Decretos nºs 8.415/15, 8.543/15, 9.148/17 e 9.393/18, disciplina o procedimento de devolução dos resíduos tributários que remanescem na cadeia de produção de bens exportados, como forma de corrigir as distorções geradas pelo sistema tributário brasileiro e, assim, impedir a exportação de tributos (no âmbito do Reintegra).
Com o retorno do paradigma para julgamento no Plenário Físico, o STF analisará se as alterações de alíquota e as próprias reduções promovidas pelo poder público atendem ao fim essencial desse regime, que é o de eliminar a exportação de tributos.
Há, ainda, a questão do percentual do resíduo tributário previsto no § 2º do art. 22 da Lei 13.043/2014, sob a perspectiva de que (i) o limite previsto de 2% não privilegia em amplitude o princípio da vedação de tributação na exportação, na medida em que empresas com resíduo superior estariam limitadas a esse percentual, e; (ii) inexiste um procedimento, bem como as premissas específicas que deveriam ser informadas pelo poder público para elaboração do parecer ou laudo técnico que comprovem o resíduo tributário superior à alíquota comum.
Advogado | Especialista em Direito Tributário
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |